Da salamandra Plínio descreve que “Esse animal é tão frio que pode apagar o fogo só pelo contato, assim como o faz o gelo. Ele cospe uma matéria leitosa, e se alguma parte do corpo humano for tocado por ela, perde todos os pelos, adquirindo a aparência de lepra [...] a Salamandra é capaz de destruir nações inteiras de uma única vez, a menos que sejam tomadas as devidas precauções contra ela. Pois se esse réptil se esgueirar por uma árvore, afetará todas as frutas com seu veneno, matando quem delas comer por causa das propriedades resfriantes dele”. Agripa, baseando sua opinião em Aristóteles, Dioscórides e Plínio, o Velho, disse que o fogo abriga salamandras e grilos e que destaca as virtudes maravilhosas das salamandras existiam no Egito e na Babilônia. Um simples experimento teria provado que salamandras e grilos morrem no fogo, como qualquer outro animal, mas Agripa compartilhava com o passado uma aversão à experimentação. Que a natureza ígnea da salamandra era geralmente aceita no tempo de Agripa é ilustrado pelo fato de que seu contemporâneo, o rei Francisco I, adotou como emblema real de uma salamandra cercada de chamas.[1]
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