domingo, 2 de outubro de 2022

A invenção do fogo

 

Na Europa as evidências mais remotas do uso do fogo datam de 500 mil anos.[1] Em Portugal a Gruta de Aroeira[2] possui vestígios de fogueiras de 400 mil anos (a excecionalidade da descoberta feita em 2017 por João Zilhão da Universidade de Lisboa está na boa preservação dos vestígios e na associação entre o crânio, a indústria lítica típica do período em questão e a confirmação do uso controlado do fogo), na caverna Bolomor na Espanha de 350 a 100 mil anos, em Biache-Saint-Vaast na França 240 a 170 mil anos, na caverna Tabun em Israel 350 a 320 mil anos. Zane Stepka mostra evidências indiretas do uso do fogo datadas de 800 mil anos entre hominídios primitivos em Evron Quarry em Israel. As evidências mais antigas do uso do fogo foram registradas em locais como Wonderwerk Cave, Swartkrans na África do Sul, Koobi Fora e possivelmente Chesowanja no Quênia, Gesher Benot Ya’aqov em Israel e Cueva Negra na Espanha, todos na época do Homo erectus.[3]

[1] CONDEMI, Silvana; SAVATIER, François. Neandertal, nosso irmão, São Paulo: Vestígio, 2018, p. 82

[2] Gruta da Aroeira: Descobertos Primeiros Indícios do Uso de Fogo Há 400 Mil Anos, https://www.natgeo.pt/historia/2020/09/gruta-da-aroeira-descobertos-primeiros-indicios-do-uso-de-fogo-ha-400-mil-anos

[3] STEPKA, Zane; HORWITZ, Liora; NATALIO, Filipe. Hidden signatures of early fire at Evron Quarry (1.0 to 0.8 Mya), 13 junho 2022 Revista PNAS, v.119, n.5 https://doi.org/10.1073/pnas.2123439119



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