No
século XIX a influência francesa se fazia sentir na literatura com textos de
Mirabeu, nos jornais A Gazeta Francesa
ou no Jornal das Famílias publicado
pela editora Garnier que tratava de costumes, poesia do romantismo francês. As
livrarias Mongie, Laemmert e Garnier destacam o papel do livro francês no
Brasil do século XIX e segundo Jean Yves Mollier refletem os grandes
investimentos que tornaram a França grande exportadora de livros na produção
livreira mundial.[1] Segundo
Luiz Edmundo: “persistimos franceses, pelo espírito e, mais do nunca, a diminuir
pelo esnobismo tudo que seja nosso. Bom só o que vem de fora, e ótimo, só o que
vem da França”. A livraria Garnier era a “sublime porta” para a
França.[2] Apesar do clima tropical Pedro II se vestia com roupas de lã.[3] Em 1900 Joaquim Nabuco em Minha Formação declara que “Paris foi e é a
paixão cosmopolita dominante em todos nós”.[4] Em 1911 a emancipação da mulher se manifesta nos grandes centros urbanos como
na mulher anônima que provoca a curiosidade e os apupos do público na avenida
Central por vestir uma jupe culotte, precursora da calça comprida feminina. A
dama teve se refugiar na Camisaria Americana para não ser linchada pela
multidão[5] Para Tania Ferreira a fascinação pela França e o sentimento antilusitano fez
com que historiadores como Nelson Werneck Sodré e Lawrence Hallewell diminuíssem
a importância de livreiros como o português Francisco Alves: “a doação que
deixou, por morte, à Academia Brasileira de Letras demonstrou sua preocupação com
a manutenção das raízes da língua portuguesa e sua visão de futuro. Foi um
grande livreiro e merece um estudo específico de sua trajetória”. Os
recursos foram fundamentais para a Academia Brasileira Letras que vinha lutando
para se manter, em consequência da crônica falta de recursos.[6]
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