Na loja medieval: o artesão vendia sua própria
produção[1] As lojas
justapostas na mesma rua não mantinham concorrência entre si[2] Segundo
Arlette Farge nos prédios de apartamentos parisienses, encravado em suas ruas
estreitas, eram cheios de passagens que
ligavam a oficina ao pátio com partes internas ou balcões exteriores ao redor
dos pátios, no entanto sugere que a concorrência não estava ausente: “a
oficina , espaço tradicional de trabalho do artesão, seus empregados e
aprendizes, é um local intermediário entre o exterior e o interior. Balcões e
bancas estendem-se para a rua, abrem-se para fora. Clientes e artesãos podem
conversar o dia inteiro. Longe de ficar trancados, os empregados logo se
informam de tudo que acontece nas redondezas, o que facilita muitas formas de
intercâmbio e de solidariedades. Ninguém pode ignorar as disputas entre patrões
e empregados e ao primeiro olhar dos transeuntes distinguem as oficinas
organizadas daquelas que não o são. Em um contexto de tal proximidade, a
competição atinge o auge: o mestre não hesita em nadar seu aprendiz espionar
pela janela os clientes de seu vizinho para melhor agarrá-los”.[3]
[1] http://cidade114.rssing.com/chan-25137763/all_p4.html
[2] FOSSIER, Robert. As
pessoas da idade média, Rio de Janeiro: Vozes, 2018, p. 104
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