quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Machu Pichu ou Huayna Pichu

 

Em Machu Picchu (Velho Pico)[1] descoberta em 1911 pelo arqueólogo norte americano Hiram Bingham, professor da Universidade de Yale, foram encontrados aquedutos que forneciam água potável aos moradores.[2][ A cidade era conhecida simplesmente como Picchu e sua localização exata era mantida como segredo militar na época, sendo rebatizada como Machu Picchu por Hiram Bingham quando de sua redescoberta em 1911.[3] Em 2022 Donato Ginzalez e Brian Bauer sugere a modificação do nome Machu Pichu depois de examinar três fontes de dados: as notas de campo de Hiram Bingham, topônimos em mapas do século XIX e informações registradas em documentos do século XVII. Os resultados sugerem uniformemente que a cidade inca foi originalmente chamada Picchu, ou mais provavelmente Huayna Picchu, e que o nome Machu Picchu foi associado às ruínas a partir de 1911 com as publicações de Bingham[4]. Os primeiros conquistadores espanhóis ignoravam a existência de Machu Picchu escondida pela floresta virgem e montanhas, nem o segredo de sua existência pelo povo inca conquistado. Machu Picchu é uma cidade autosuficiente como a maior parte das pucaras (fortalezas) como as de Puca Pucara.[5] Além das muralhas Machu Picchu é marcada por grandes terraços cultiváveis conhecidos como andenes[6] dotados de um sofisticado sistema de canais que permitia a irrigação constante dos cultivos, evitando a erosão e preservando o solo e as montanhas, feitos de pedra empilhada[7]. Um monólito conhecido como Intiwatana / Intihuatana (lugar onde se amarra o sol) na praça central em Machu Picchu, no lugar mais alto, funcionava como relógio solar[8] e também tinha uma função ritualística. O formato da cidade de Machu Picchu é o de um pássaro Llulli, o “mensageiro de Inti” o deus Sol.[9]

[1] VALLA, Jean Claude. A civilização dos incas, Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978, p. 127

[2] LEONARD, Joathan. América pré colombiana, Rio de Janeiro:José Olympio Editora. Biblioteca de História Universal Life, 1971, p.137

[3] SORIANO, Waldemar. Los incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru Editores, 1997, p. 334, 338

[4] Donato Amado Gonzales & Brian S. Bauer (2022) The Ancient Inca Town Named Huayna Picchu, Ñawpa Pacha, 42:1, 17-31, DOI: 10.1080/00776297.2021.1949833

[5] HAGEN, Victor. Realm of the incas, New York: New American Book, 1961, p. 139

[6] SORIANO, Waldemar. Los incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru Editores, 1997, p. 230

[7] RIBAS, Ka W. A ciência sagrada  dos Incas, São Paulo:Madras, 2008, p. 96

[8] LONGHENA, Maria; ALVA, Walter. Peru Antigo. Grandes civilizações do passado. Madrid:Folio, 2006, p.248; RIBAS, Ka W. A ciência sagrada  dos Incas, São Paulo:Madras, 2008, p. 126

[9]  RIBAS, Ka W. A ciência sagrada  dos Incas, São Paulo:Madras, 2008, p. 122



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