Na Bahia entre os anos de 1823 e 1829 há a preponderância
da circulação de moedas falsas de cobre que compunham a quase totalidade do
meio circulante, o que foi possível graças a incapacidade do governo em
reprimir a produção e em sustar sua inserção na circulação. Segundo Alexander
Trettin: "Na Bahia, a partir de
1826, o governo provincial, representante do poder do Imperador, se viu forcado
pelas circunstancias a dar livre curso as moedas falsas de cobre. Demonstrando
claramente sua incapacidade de impor o monopólio sobre o sistema monetário e de
reprimir efetivamente a produção das moedas falsas que inundavam a praça
comercial da Província. Numa curiosa inversão, o Estado, ao invés de coibir a
circulação de moedas falsas, passou a aceitá-las".[1] Com
relação aos cadinhos com marcações maçônicas encontrados em espaço oficiais,
como a Casa da Moeda, no Rio de Janeiro, a Casa dos Contos, em Minas Gerais, a
Casa de Fundição do Ouro, em Goiás, não há qualquer conexão com a hipótese de
um membro da maçonaria estar falsificando dinheiro para custear sublevações no
Brasil. Provavelmente o fabricante que os produzia na região da Boêmia,
valia-se do símbolo do quatro de cifra para marcar seus produtos, assim como
tantos outros artesãos e manufaturas o faziam. José Reis se refere a Bahia como
paraíso dos falsários que fabricavam moedas
a partir do cobre usado na indústria naval e nos engenhos de açúcar. O
inglês William Pennel se refere a uma situação calamitosa no comércio. Em 1828
o governo promoveu, sem sucesso, a substituição das moedas, diante da
desconfiança dos comerciantes. Um nova tentativa, mais bem sucedida foi
implementada em 1834, porém ainda em 1836 o cônsul inglês informava que metade do
cobre em circulação era falso.[2]
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