sábado, 16 de julho de 2022

Os livros de Hermes

 

Segundo Steinschneider as citações a Hermes datam desde o primeiro século d.c. Hermes é citado pela literatura patrística de Atenágoras, a Clemente de Alexandria e a Santo Agostinho. [1] Clemente de Alexandria no sexto livro em Stromata faz referência a livros sagrados dos egípcios: “quarenta e dois livros de Hermes indispensavelmente necessários; dos quais os trinta e seis contendo toda a filosofia dos egípcios são aprendidos pelos personagens mencionados; e os outros seis, que são médicos, pelos Pastophoroi (portadores de imagens), -- tratando da estrutura do corpo, e de doenças, e instrumentos, e remédios, e sobre os olhos, e o último sobre as mulheres”[2], que possivelmente eram uma parte dos livros atribuídos a Hermes (Livros de Thoth). Jâmblico com base no sacerdote egípcio Abamon atribui a Hermes cerca de mil e duzentos livros sagrados e Manethon se refere a trinta e seis mil livros, o que exigiria muito mais tempo para serem escritos do que se atribui à civilização humana.[3]

[1] THORNDIKE, Lynn. A History of magic and experimental science, v.I, Columbia University Press, 1923, p.288

[2] https://www.earlychristianwritings.com/text/clement-stromata-book6.html

[3] BLAVATSKY, Helena. Doutrina Secreta. v. V, Ciência, religião e filosofia, São Paulo: Pensamento, 2017, p.49


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