Edwards considera
a grande esfinge afrente da pirâmide como uma representação de Khefren sob o
aspecto de deus sol[1].
A pirâmide do faraó Sahue da V Dinastia
(2430 a.c.) mostra um baixo relevo do templo em que o rei é representado por uma esfinge derrubando seus inimigos, o
que sugere que o rosto desenhado na esfinge diante da pirâmide em Hizé não é a
representação do deus Sol, a do rei Quéfrem[2], muito
embora alguns críticos como John West e Mark Lehner considerem tal
identificação frágil.[3] Uma
estela encontrada próxima a Esfinge tem inscrito o nome de Quéfren mas não está
claro se refere a construção ou alguma restauração feita pelo faraó. Uma
inscrição na pirâmide de Quéops mostra que o fará fez reformas na Esfinge,
sendo que Quéops foi o antecessor de Quefren, logo, isso provaria que a Esfinge
existia antes do reinado de Quéfren, mas ainda assim dentro da Quarta Dinastia
pois plenamente integrada ao conjunto arquitetônico de Gizé. James Breasted se
refere a esfinge datada do reino de Quefren / Khafra (2520-2494 a.c.). [4] Para John
West a Esfinge apresenta marcas onduladas de erosão que não poderiam ter sido
feitas pelo vento, mas apenas pela água, possivelmnete numa época em que estava
sob as águas, possivelmente o dilúvio de Noé, ou quando do derretimento das
calotas no último período glacial em
9000 a.c. O geólogo Robert Schoch alegou que as marcas poderiam ter sido
causadas por chuvas torrenciais com marcas que não se encontram em outros
momenumentos próximo, o que de fato deve possivelmente estar relacionada a uma
construção anterior a data usual da Esfinge. A tese proposta em 1995 pelo
jornalista Graham Hancock[5] e Adrian
Gilbert e Robert Bauval no seu livro The Orion Mistery [6] de 1994 de
que a Grande Esfinge foi construída por volta de 10.500 a.c, e sua forma de
leão seria uma referência definitiva à constelação de Leão, apesar de apoiada
por autores como John Anthony West não encontra qualquer respaldo arqueológico
nem consegue explicar como no intervalo de 10 mil a.c. a 3 mil. a.c nenhuma
outra construção egípcia foi encontrada. O primeiro registro de zodíaco no
Egito Antigo ocorre apenas em 200 a.c. no teto do templo de Dendera, e não há
qualquer evidência de que os egípcios conhecessem tais constelações em 10 mil
a.c. [7] O próprio
John West reconhece que “o grande problema de tudo isso é o processo de
transmissão: como exatamente foi transmitido o conhecimento, durante milhares e
milhares de anos entre a construção da Esfinge e o florescimento do Egito
dinástico ? Teoricamente, fica-se um pouco limitado, não é mesmo, com esse
vasto período durante o qual o conhecimento precisou ser transmitido. È difícil
resolver”.
[1] EDWARDS, J. As
pirâmides do Egito, Rio de Janeiro:Record, 1985, p.122
[2] LISSNER, Ivar. Assim viviam nossos antepassados, Belo Horizonte, Itatiaia,
1968, p. 51
[3] JAMES, Peter; THORPE, Nick. O livro de ouro dos mistérios da antiguidade, Rio
de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 202
[4] BREASTED, James. A History of Egypt
from the Earliest Times to the Persian Conquest (Illustrated) p. 53. Didactic
Press. Edição do Kindle
[5] JAMES, Peter; THORPE, Nick. O
livro de ouro dos mistérios da antiguidade, Rio de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 73
[6] JAMES, Peter; THORPE, Nick. O livro de ouro dos mistérios da antiguidade, Rio
de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 196
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