Segundo Moses Finley uma proporção significativa da atividade industrial e comercial em Roma era executada por escravos.[1] Embora o cinema em filmes como Espártaco tenha difundido a imagem de rebelião de escravos contra a escravidão, toda a evidência da Roma Antiga sugere que a escravidão era vista como uma instituição aceita como inevitável, até mesmo pelos escravos. Espártaco e seus companheiros possivelmente lutavam pela sua liberdade, mas não pelo fim da escravidão.[2] O exército de Espártaco reuniu por volta de 70 a.c um total de 70 mil homens incluindo uma grande parte de escravos e camponeses pobres. Com a supressão da revolta cerca de seis mil escravos, ao invés de devolvidos a seus donos, foram crucificados ao longo da via Ápia, de Cápua até Roma, seguindo as prescrições da lei romana. [3] Mesmo filósofos como Epiteto não questionariam a escravidão pois era entendida como dentro da ordem racional do universo. [4]
[1] FINLEY, Moses. Economia
e sociedade na Grécia antiga, São Paulo:Martins Fontes, 2013, p.142
[2] BEARD, Mary. SPQR: uma
história da Roma Antiga, São Paulo: Planeta, 2010, p. 244
[3] GUARINELLO, Norberto
Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2020, p.133
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