Pico della Mirandolla em 1490 em Disputationes adversus astrologiam divinatricem libri empreendeu forte ataque contra a astrologia divinatória, muito embora seja cabalista[1] e estude as correspondências entre as dez esferas dos cosmos e os dez sefirots[2]. O astrólogo João Fusoris cônego de Notre Dame em Paris foi perseguido por sua práticas acusado de colaborar com os ingleses quando o rei da Inglatterra em 1415 se preparava para desembarcar na França e teve uma consulta astrológica com Fusoris.[3] Em Heptaplus de Pico de Mirandola defende as teses cabalistas do universo dividido em três mundos o primeiro chamado pelos teólogos de angélico e pelos filósofos de inteligível, o mundo celestial onde habitam os planetas e por fim o sublunar das coisas materiais e sujeitos à deterioração, assim Pico de Mirandola (1463-1494) “astrologiza” as hierarquias celestes.[4] No modelo adotado por Aristóteles a terra é o centro do universo, após esfera da lua estão as esferas dos planetas, incluindo o Sol. O mundo é limitado pelas estrelas fixas.[5] A doutrina cabalística era baseada em três mundos. o inteligível (dos anjos e da perfeição, o mundo das ideias de Platão), o celestial (dos astros) e o visível (das coisas materiais).[6] O fraces Guillaume Postel e os alemães Joahannes Tritheim e Joahannes Reuchlin deram continuidade aos estudos cabalísticos de Pico de Mirandolla.[7]
[1] FANNING, Philip. Isaac
Newton e a transmutação da alquimia, Santa Catarina:Danúbio, 2016, p. 35
[2] YATES, Frances.
Giordano Bruno e a tradição hermética, São Paulo:Cultrix, 1995, p. 117, 136
[3] TATON, René. A ciência
antiga e medieval: a Idade Média, tomo I, v.III, São Paulo:Difusão, 1959, p.
149
[4] YATES, Frances.
Giordano Bruno e a tradição hermética, São Paulo:Cultrix, 1995, p.143, 144
[5] ABRANTES, Paulo.
Imagens de natureza, imagens de ciência, Campinas:Papirus, 1998, p.32
[6] YATES, Frances.
Giordano Bruno e a tradição hermética, São Paulo:Cultrix, 1995, p. 200
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