Os
holandeses atacaram inicialmente a Bahia cometendo pilhagens nas costas de
Alagoas e Pernambuco como consta nos documentos da Companhia das Índias
Ocidentais (West Indishe Compagnie WIC) autorizada pelo governo holandês
em 1621 com um privilégio de 24 anos para as colônias que fundasse e reunindo cerca
de sete milhões florins em sua maioria de judeus[1],
sedo organizada aos moldes da Companhia das Índias Orientais fundada em 1602.[2] Também os próprios portugueses na reconquista de Sergipe sob ordens do vice rei
Montalvão incendiou canaviais e engenhos de açúcar holandeses. Segundo
Felisbelo Freire sob o ataque aos holandeses em Sergipe: “a destruição
encetada pelos conquistados é acabada pelos conquistadores , que entregam às
chamas a pequena cidade (Itabaiana) devastam os canaviais e os sítios,
incendeiam os engenhos e em vez de protegerem os infelizes abandonados enxotam-nos
de seus lares, para com a miséria e a dor, seguirem a reforçar o exército do
fugitivo”. Durante toda a conquista de Pernambuco pelos holandeses e demais
capitanias vizinha o período foi seguido por guerra, fuga, destruição e
pilhagens. Ao
comentar o sermão do padre Antonio Vieira de 1633 ao celebrar com eloquência os
atos de coragem contra os invasores holandeses, Ronaldo Vainfas considera
anacronismo se falar em patriotismo: “De que pátria se tratava ? Brasil,
Portugal ou Espanha ? Pátria era a palavra utilizada, então, para designar a
terra natal, o lugar de nascimento, sem implicar a ideia moderna de
nacionalidade. Quando se referia à pátria nesse
e noutros sermões sobre o assunto, Vieira utilizava o conceito de pátria no sentido tradicional, exortando
os luso brasileiros para a guerra, nada mais do que isso.“ [3]
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