Para
Julius Wellhausen o antigo Israel no tempo de Moisés (1250 a.c.) não possuía
escrita e, portanto, Moisés não escreveu a Torah. Em Neemias ao tempo do edito
de Ciro em 538 a.c. do retorno do judeus à Palestina é dito no capítulo 8 é
dito que “estando os filhos de Israel nas
suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da
porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei
de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe
a lei perante a congregação [...] E Esdras abriu o livro perante à vista de
todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo
se pôs em pé.[...] Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então não vos
lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”.
Segundo Peter Rosemberg este é considerado da promulgação da Torah, os cinco
livros sagrados Genesis, Exodo, Levitico, Números, Deuteronômio, ou ao menos
pelo menos algumas partes eram novas porque o fato de que povo chorou
emocionado. Se a Torah escrita fosse conhecida desde o tempo de Moisés, há mais
de 700 anos, os samaritanos não poderiam apresentar a sua versão, apresentada
por Esdras, e dizer que a sua versão e não esta, a mais antiga, era a
verdadeira. [1] Para Jean Astruc (1684-1766) a Torá é constituída por três fontes básicas,
denominadas javista, eloísta e código sacerdotal. Segundo a Hipótese
Documentária de Wellhausen, a Torá, ou o Pentateuco, teve sua origem de uma
redação composta de quatro textos originais independentes datados de vários
séculos depois de Moisés. A hipótese de Wellhausen publicada no Prolegomena to
the History of Ancient Israel em 1875 permaneceu como modelo dominante para os
estudos do Pentateuco até o final do século xx, quando começou a ser objetada
por estudiosos que observavam variações nas redações na Torá, atribuindo-as a
períodos ainda mais tardios do que os propostos por Wellhausen.
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