segunda-feira, 18 de abril de 2022

A cultura etrusca

 

As cerâmicas etruscas destacam-se por sua cor negra características em canthari (taças de duas asas), amphorae (vasos com duas asas) e oenophori (vasos para vinho). Entre os vasos de cerâmica etruscos destacam-se o bucchero fabricado de argila enegrecida (séculos VII ao V a.c.).[1] No século VII a.c. a civilização etrusca tinha forte influência orientalizante grega primeiramente devido a Corinto e posteriormente a Atenas, de modo que cerâmica funerátia de origem ática tornou-se uma característica essencial dos rituais fúnebres etruscos.[2] Este intercâmbio intenso difundiu a escrita na Etruria e Latium: o alfabeto etrusco tem origem no alfabeto grego a partir da colonização grega no golfo de Napoles[3], muito embora sua tradução ainda não tenha sido possível.[4] Na escultura, Raymond Bloch defende a tese de que o desenvolvimento atingido pelas esculturas etruscas nos permite concluir pela existência de escola de artífices como as do mestre Vulca que segundo Plínio participou em Roma pouco antes do ano 500 a.c. da decoração do templo Capitolino.[5] Os artesãos de Volterra destacavam-se por suas técnicas em alabastro.[6] As ânforas eram grandes urnas usadas para guardar provisões como cereais[7]. A ânfora conhecida como Dressel 1 (figura) produzida na Campânia, Lácio e Etrúria era usada para o transporte de vinho e mostra uma notável padronização com um grande volume de exportação para fora da Itália, entre a região da Gália.[8]



[1] GIORDANI, Mario Curtis. História de Roma, Rio de Janeiro:Vozes, 1981, p. 24; WOOLF, Greg. Roma: a história de um império,São Paulo: Cultrix, 2017, p.63

[2] DUNAN, Marcel; BOWLE, John. Larousse encyclopedia of ancient & medieval history, Paris:Larousse, 1963, p.99

[3] Vatican Museums, Rome:Libreria Editrice Vaticana, 2011, p.127

[4] ROBINSON, Andrew. The story of writing, London: Thames and Hudson, 1995, p.152

[5] BLOCH, Raymond. Os etruscos. Lisboa: Editorial Verbo, 1970, p.170

[6] Focus Filmes. DVD. Os segredos da arqueologia. Um lugar chamado Etrúria, Novara, Itália, v.5, 2002

[7] BOWRA, Maurice. Grécia Clássica, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1969, p. 64

[8] GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2020, p.131



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