Quando Ramses II apropriou-se de estátuas de seus antecessores bastava simplesmente remover o nome original trocando pelo seu já que as feições mantinham-se inalteradas, o que sugere que não se tratava de um retrato mas de um arquétipo.[1] David Silverman mostra que “O que determina a identidade da estátua não é a fisionomia, sabemos este fato, uma vez que as estátuas poderiam ser re-esculpidas em um novo nome, então a estátua pertenceria a outra pessoa sem alterações nas características. As características permaneceriam exatamente as mesmas. Da mesma forma, as biografias que indivíduos no antigo Egito esculpiam nas paredes de seus túmulos. A maioria das frases eram declarações generalizadas aplicáveis a muitas pessoas diferentes. E eles representavam uma descrição generalizada do comportamento apropriado de acordo com os conceitos de Maat. O nome do indivíduo era o que realmente fazia a diferença. Raramente, você vai encontrar uma frase específica para a carreira desse indivíduo embora ocorra de vez em quando. Assim como é o caso com um detalhe facial reconhecível. O que fez o texto específico para a pessoa, era realmente o nome”.[2] Nas representações de pinturas egípcias segue-se a Lei da Frontalidade que funda-se no princípio de valorizar o aspecto que mais caracteriza cada elemento do corpo humano, representando rostos de perfil. Homens na arte egípcia são sempre representados na cor marrom e as mulheres na cor branca. Nas esculturas os faraós são retratados sempre com o pé esquerdo na frente, em posição de marcha para batalha. Pessoas cotidianas aparecem com o pé direito na frente.[3]
[1] JOHNSON, Paul. História
Ilustrada do Egito. Rio de Janeiro:Ediouro, 2002, p. 287
[2] SILVERMAN, David. Wonders of Ancient Egypt Semana 2 Principles of
Egyptian Art: Part 6
https://www.coursera.org/learn/wonders-ancient-egypt/lecture/
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