O cirurgião grego Dioscórides / Dioscorido do ano 50
d.c. escreveu De materia medica libre
quinque que classifica diversas ervas usadas na medicina de sua época,
texto da medicina helenística que ainda era valorizado na Renascença.[1] O Codex Constantinopolitanus de 510
reproduz muitos dos textos de Dioscorido.[2] Cassiodoro (480-575) fundador do monastério em Vaviarium instruiu seus monges a lerem
textos de medicina grega incluindo traduções latinas de Hipócrates, Galeno e
Dioscorides. [3] David Lindberg mostra que a medicina muçulmana medieval atingiu um agrau de
desenvolvimento muito superior ao Ocidente, por exemplo, Hunaian ibn Ishaq
(808-873) lista um total de 129 obras de Galeno que eram por ele conhecidas em Bagdá,
das quais 40 por ele próprio traduzidas ao passo que no Ocidente na mesma época
há o registro de apenas duas ou três obras de Galeno disponíveis em latim. Muitas
obras produzidas por autores árabes teriam grande impacto na medicina do Ocidente
tais como Almansor de Rhazes (930), o Pantegni de Haly Abbas (994) e o Canon da
Medicina de Avicena (980-1037)[4]
[1] BYNUM,William. História
da medicina. Porto Alegre:LP&M, 2011, p.28
[2] MANGOLD, Lydia Mez.
Imagens da história dos medicamentos, Basileia:Hoffman La Roche, 1971, p.30
[3] LINDBERG, David C.. The
Beginnings of Western Science. University of Chicago Press. Edição do
Kindle.2007, p.322
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