Na idade medieval a crença nos poderes mágicos dos
números e nos chamados quadrados mágicos tornou-se bastante difundida.[1] Os
quadrados mágicos já se encontram presentes no livro das permutações chinês que
data de 1000 a.c. Um quadrado mágico 4x4 cuja soma das linhas é 34 (4-14-15-1,
9-7-6-12, 5-11-10-8, 16-2-3-13) em é mostrado em A Melancolia, de Albrecht Dürer, 1514. Este quadrado mágico era
conhecido como Tábua de Júpiter entre os cabalistas.[2] O culto
aos números mágicos deu origem ao estudo da gematria, aos quais se atribuía
inclusive poder de cura. Os quadrados mágicos eram conhecidos na China (de três
linhas e três colunas que somam 15 conhecido como quadrado Lo Shu em 650 a.c.) assim
como Egito, Índia e também entre os muçulmanos tendo sido descrito s no texto
árabe Rasa il Ihkwan al Safa, ou Enciclopédia dos Irmãos Pureza
escrito em Bagdá em 983. Na Europa o primeiro texto que trata dos quadrados
mágicos é do grego bizantino Manuel Moschopoulos em 1300.[3] No
Renascimento a tradução de escritos da cabala judaica promoveu o
desenvolvimento da gematria em um movimento que começou com o espanhol Pablo de
Heredia (1405-1486). Um dos mais antigos tratados cabalísticos a Sefer Yezirah
(Livro da Criação) foi traduzido para o latim por Guillaume Postel em 1552 e
por Johannes Pistor em 1587. [4] Entre os
cabalistas o quadrado mágico de Saturno de 3x3 em que a soma de linhas e
colunas é igual a 15 uma vez gravado sob uma lâmina de chumbo serve como
amuleto em auxílio as parturientes e a vitória dos príncipes em suas batalhas.[5]
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