quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Os bibliotecários de Alexandria

 

Alexandria tornou-se uma sociedade multicultural[1]. Eruditos de todo o mundo vinham a Alexandria como Euclides de Atenas com sua grande obra Elementos de geometria, Aristófanes de Bizâncio (que foi bibliotecário da Biblioteca de Alexandria de 205 a 185 a.c.)[2], Calímaco de Cirene (criador da indexação de livros em bibliotecas[3] em que dividiu os rolos em oito categorias: dramaturgos, poemas épicos e líricos, legisladores, filósofos, historiadores, oradores, retóricos e escritores vários ao organizar sua tabela das principais obras de toda a cultura grega e de seus autores[4]. No tempo dos Ptolomeus o cargo de bibliotecário da Corte era considerado um dos mais altos e a ele era incumbida da tarefa de ser o tutor do herdeiro do trono.[5] Entres os primeiros bibliotecários de Alexandria encontram-se Demetrio de Falereo (284 a.c.), Zenódoto de Efeso (284-260 a.c.), Calímaco de Cirene (260-240 a.c.), Apolônio de Rodas (240-235 a.c), Eratóstenes de Cirene (235-195 a.c.), Aristófanes de Bizâncio (195-180 a.c), Apolônio Eidógrafo (180-160 a.c.) e Aristarco de Samos (160-145 a.c.), onde se observa uma permanência no cargo de quinze ou vinte anos exceto Eratóstenes que permaneceu por dois períodos[6].



[1] MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura, São Paulo: Cia das Letras, 1997, p. 215

[2] CASSON, Lionel. Bibliotecas no mundo antigo, São Paulo:Vestígio, 2018, p. 54

[3] CASSON, Lionel. Bibliotecas no mundo antigo, São Paulo:Vestígio, 2018, p. 51

[4] SARTON, George. Historia de la ciência, Buenos Aires:Editorial Universitaria Buenos Aires, 1959, p. 158

[5] MONTANELLI, Indro. História dos gregos, São Paulo:Ibrasa,1962, p. 333

[6] SARTON, George. Historia de la ciência, Buenos Aires:Editorial Universitaria Buenos Aires, 1959, p. 149



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