Luís Valcarcel em artigo na Illustrated London News de 1937 encontra similaridades de cerâmica
em policromia com motivos geométricos da arte de Tiahuanaco[1] com a
cerâmica de Marajó[2].
Tiahuanaco, nas proximidade do lago Titicaca no Peru esteve ocupada de 1500
a.c. a 1200 d.c.[3] O apogeu do império de Tiahuanaco data de 500 d.c. [4] Arthur
Posnansky em Tiahuanaco, berço do homem americano, publicado em 1945,
defende a tese de que a cidade era uma metrópole, capital política e santuário
religioso com influência sobre toda a América do Sul e que teria sido
construída por volta de 15 mil a.c..[5] e
submergida pelo avanço das águas do lago Titicaca para ser reconstruída por
volta do ano 800 quando viveu novo período de prosperidade[6]. A tese
se baseia no fato de que o templo de Calasasaya era um observatório solar de
incrível precisão que teria sido construído em um alinhamento que teria
ocorrido por volta de 15 mil a.c.. Um estranho animal representado na Porta do
Sol parece mostrar uma mistura de rinoceronte com hipopótamo, o toxodonte, que alguns
biólogos acreditam tratar-se de uma espécie extinta há cerca de onze mil anos,
mjito embora o desenho não tenha precisão suficiente para esta conclusão[7]. A
análise da cerâmica e provas de radiocarbono contudo, confirmam que Tiahuanaco
foi construída por volta de do ano 100, segundo Peter James[8]. A tese
de que uma colonização de Tiahuanaco em 15 mil a.c proposta por Posnansky e recuperada
pelo jornalista Graham Hancock, não consegue, contudo, explicar o imenso abismo
que se seguiu uma vez que as primeiras civilizações urbanas da região datam de
3 mil a.c. Pesquisas com cerâmicas antigas encontradas na aldeia de Tiahuanco
por Wendell Bennett na década de 1930 mostrarn que esta teria sido fundada por
volta de 400 a.c. e entre 100 e 300 d.c se tornou uma cidade tendo sua
decadência iniciado em 1000 d.c possivelmente atingidos por uma forte seca que
durou até pouco depois de 1300. A dominação inca viria apenas por volta de
1450. Não há nenhuma evidência de que o tempo de Calasasaya foi um tempo de
observações astronômicas[9]. Com a
invasão inca a cidade já era conhecida como “cidade dos mortos”. Em 1540
Cieza de León testemunhou a ruínas encontradas da cidade de Tiahuanaco, as
quais sequer os índios mais antigos da região na época sabiam dizer a origem de
tais construções[10].
As culturas chavin, mochica e nazca representam um ápice, enquanto Tiahuanaco
um período intermediário que se encerra com a civilização inca que se inicia
por volta do ano 1000 e a destruição pelos espanhóis e 1532. Entre as estruturas monolíticas encontradas em
Tiahuanaco está o monólito de Ponce de 3,5 metros e 17 toneladas que recebe o
nome do arqueólogo boliviano seu descobridor[11]. Nos
dias de equinócio na posição do monólito pode-se contemplar o sol nascente que
passa diretamente pela porta do templo de Kalasaya à sua frente. As muralhas do
Kalasaya era providas de bicas para vazão de águas dispostas acima de pequenas
cubas ligadas entre si por um canal em forma de U.[12]
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