A escassez de terrenos férteis levou os incas a construírem cidades como Cusco e Ollantaytambo sobre terrenos estéreis sobre declives rochosos poupando assim os solos férteis para a agricultura[1]. A cultura do milho maiz encontra-se nas margens dos lagos mexicanos e nas culturas em terraços no Peru[2]. A caverna Bat no sul do Novo México Central é um sítio seco e produz datas mais antigas pelo teste carbono 14 do que em locais úmidos[3] onde foram encontradas espigas de milho de uma espécie primitiva junto com utensílios datados de 2500 a.c[4]. Entre o povo zapoteca em Monte Albáno o centro mais importante de Oaxaca[5], foi encontrado no túmulo 104 pintura data de 600 d.c. que mostra o deus do milho. Valcárcel observa que “nenhum país do mundo conquistou mais espécies vegetais, e de tão grande valor nutritivo como o Peru”.[6] Para conservação de batatas os incas (chamada de papa), nos vales húmidos, usavam caixotes de madeira misturados com muña, planta similar à hortelã, conseguindo a estocagem dos alimentos por oito meses.[7] Um processo conhecido como chunu permitia a preservação de batatas numa forma de farinha desidratada que podia ser armazenada por anos.[8]
[1] BAUDIN, Louis. El
império socialista de los incas, Santiago Chile:Ediciones Rodas, 1973, p.123
[2] BRAUDEL, Fernand.
Civilização material e capitalismo, séculos XV-XVIII, Rio de Janeiro:Cosmos,
1970, p.134
[3] COON, Carleton. A
história do homem. Belo Horizonte:Itatiaia, 1960, p.362, 367
[4] COE, Michael. O México.
Lisboa:Editorial Verbo, 1970, p.49
[5] LONGHENA, Maria. O
México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 145
[6] BAUDIN, Louis. A vida
quotidiana dos últimos incas, Lisboa:Ed. Livros do Brasil, p. 209
[7] BAUDIN, Louis. A vida
quotidiana dos últimos incas, Lisboa:Ed. Livros do Brasil, p. 211
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