terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O marquês de Abrantes e a modernização na produção de açucar

 

A Sociedade de Agricultura, Comércio e Indústria da Província foi fundada por Ignácio Alves de Almeida em 1828. Miguel Calmon du Pin e Almeida, futuro marquês de Abrantes, filho de um abastado casal proprietário do Engenho Santo Antônio, situado no município de Santo Amaro, na Província da Bahia e formado pela faculdade de Direito de Coimbra, foi presidente da Sociedade de 1848 a 1865. O marques de Abrantes publicou em 1834 o livro “Ensaio sobre o Fabrico do Assucar” em que defende a necessidade da modernização dos engenhos e aumento de produtividade devido á concorrência internacional do açúcar de beterraba e ao eminente término do tráfico de escravos[1]. O marquês de Abrantes, como presidente da SAIN e do Instituto Fluminense de Agricultura, que recebeu do Barão de Mauá a doação da fazenda agrícola de Sapopemba[2], foi o principal organizador da Exposição Nacional, organizada sob a égide da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, em 1861.



[1] MEIRA, Roberta Barros. Banguês, engenhos centrais e usinas, São Paulo: Alameda, 2010, p.37

[2] LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História político administrativa da agricultura brasileira, 1808-1889, Brasília: Ministério da Agricultura, 1980, p.73



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