sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

A pedra do Sol de Tenochtitlán

 

A pedra do sol, descoberta em 1790 durante reparações na catedral da Cidade do México, construída sobre o local do antigo tempo de Tenochtitlán mostra a história do mundo segundo a cosmologia asteca em que no centro aparece o Sol (Tonatiuh) cercado pelos mundos anteriores aos astecas: Tigre, Água, Vento e Chiva de Fogo.[1] Nigel Davies aponta a pedra do Sol simbolizando a destruição de quatro sucessivos mundos, o primeiro destruído pela jaguar (simbolizando a terra) seguido da destruição pelo vento, chuva e pela água. Estes quatro símbolos estão representados nos quadrados que cerca o personagem central da Pedra do Sol, sendo o jaguar no quadrado superior direito, o vento no quadrado superior esquerdo. Esta destruição é o resultado da luta eterna entre a serpente plumada Quetzalcoatl o deus bom, e a o espelho flamejante Tezcatlipoca o lado sombrio, o que remete ao panteão hindu[2]. Ao centro um rosto humano com a língua para fora representa Tonatiuh o deus sol reclamando sacrifícios de sangue humano que devem ser entregues para aplacar as forças destrutivas.[3]

[1] ROMANO, Arturo. Museu Nacional de Antropologia da cidade do México, São Paulo: Mirador, 1970, p. 140

[2] DAVIES, Nigel. The astecs: a history, London; Folio Society, 1973, p. 155

[3] VERDET, Jean Pierre. O ceu, mistério, magia e mito, Rio de Janeiro:Objetiva, 1987, p.53



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