Para André Pochan a pirâmide de Quéops, conhecida como
Grande Pirâmide de Gizé, trata-se de um templo solar dedicado ao deus Khnum[1] hipótese levantada por Reisner após o estudo da mastaba Pen Meruu que
menciona a pirâmide com o determinativo próprio aos templos solares[2]. Edwards
considera a grande esfinge afrente da pirâmide como uma representação de
Khefren sob o aspecto de deus sol[3]. A
pirâmide do faraó Sahue da V Dinastia
(2430 a.c.) mostra um baixo relevo do templo em que o rei é representado por uma esfinge derrubando seus inimigos, o
que sigere que o rosto desenhado na esfinge diante da pirâmide em Hizé não é a
representação do deus Sol, a do rei Quéfrem.[4] O
encantamento 508 dos textos das pirâmides diz: “eu lancei teus raios como uma rampa sob meus pés, pela qual subo até
minha mãe, Ureus vivente na fronte de Rá”.[5] Como não
foi encontrada a tumba do faraó, Bruchet argumenta que a pirâmide não se trata
de um túmulo, mas um cenotáfio, ou seja um túmulo honorário, um memorial em
homenagem ao faraó[6].
Como templo solar a pirâmide seria encimada de um pequeno obelisco ou talvez
uma esfera gnomon, embora não haja qualquer vestígio[7].
Estrabão é o único autor que descreve a presença de uma porta giratória móvel
na entrada da pirâmide, hipótese sustentada também por Flinders Petrie, uma vez
que em Dachur também há evidências de uma porta móvel.[8] Quéops
era também conhecida como Grande Pirâmide de Gizé. As pirâmides de Quéfren (Khafre) e Miquerinos (Menkaure), faraós da quarta dinastia,
mostram de forma evidente a evolução das construções: “Não costumamos pensar nos egípcios como paradigmas de progresso, as a
técnica humana não conheceu muitos outros avanços tão espetaculares”. David
Silverman observa o elemento Rá nos nomes Quéfren (Khafre – filho de Rá) e Miquerinos
(Menkaure), o que pode estar relacionado ao conceito de seu falecido pai, como
sendo a relação com o sol.[9]
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