As cidades de Mohenjo-Daro, importante centro comercial e
industrial com oficinas de ceramistas, tintureiros, ferreiros, artesãos de
conchas, e Harappa, centro cultural da Índia datam de 2300 a.c.[1] Por volta de 1500 a.c. as duas cidades estava extintas.[2] Em Mohenjo Daro foram encontradas manilhas de barro que serviram de rede de
distribuição de água e esgoto por baixo da superfície do solo.[3] Na grande maioria das cidades gregas não havia tratamento de esgoto produzindo
um ambiente de imundície repulsivo até mesmo a animais como porcos. Ivar Lissner
observa que “quando se percorre as
ruas de Mohenjo Daro e de Harappa verifica-se que o conforto nada deixava a
desejar, as casas continham banheiros, privadas, canalizações, cisternas de água
fresca, um pátio, peças espaçosas, quartos de hóspedes, uma saleta para o
porteiro e um paiol de víveres. Tudo isso numa época em que, na Europa Central,
o homem só conhecia a caverna como domicílio”.[4] Aristófanes em Ecclesiasuzae relata episódio em que o proprietário dirige-se ao
meio da rua para evacuar. Xenofonte
relata o requinte dos persas em evitar de evacuar em público.[5] Datados da metade do terceiro milênio foram encontrados banhos em Mohenjo Daro.[6] Embora as ruas não fossem pavimentadas eram dotadas de eficiente sistema de
drenagem e de poços revestidos de tijolos.[7] A invenção do tijolo cozido em Harappa permitiu o controle de inundações.[8] Os esgotos eram forrados por tijolos e tinham aberturas regulares para inspeção[9].
[1] ROSS, Norman. The epic of man, Life Magazine, 1962, p. 83
[2] DAVREU, Robert. O
império perdido do Vale do Indo. In: Seleções do Reader’s Digest, Os últimos
mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.122
[3] THORWALD, Jurgen. O
segredo dos médicos antigos. São Paulo: Melhoramentos, 1990, p.192; MAHAJAN,
Shobhit. História das invenções, Berlim:Verlag, 2008, p. 25; ROSS, Norman. The
epic of man, Life Magazine, 1962, p. 87; DAVREU, Robert. O império perdido do Vale
do Indo. In: Seleções do Reader’s Digest, Os últimos mistérios do mundo,
Lisboa, 1979, p.126
[4] LISSNER, Ivar. Assim viviam nossos antepassados, Belo Horizonte, Itatiaia,
1968, p. 98
[5] MUMFORD, Lewis. A
cidade na história, São Paulo:Martins Fontes, 1982, p. 89, 146, 183
[6] FAGAN, Brian. Los
setenta grandes inventos y descobrimentos del mundo antiguo, Barcelona:Blume,
2005, p. 84
[7] CLARK, Grahame. A pré
história, Rio de Janeiro:Zahar, 1975, p. 207
[8] ROBERTS, J.M. history of the world, Oxford University Press, 1992, p.97
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