quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Cabeças gigantes olmecas

 

Foram encontradas na civilização olmeca estátuas de grandes cabeças de basalto com 44 toneladas cada, encontradas em cidades na costa do Golfo do México como Três Zapotes, a ilha de La Venta [1] (cidade para qual migraram os olmecas depois da destruição de San Lorenzo, até sua destruição em 300 a.c.), San Lorenzo (que atingiu seu auge entre 1200 e 900 a.c. quando após uma violenta destruição se seguiu o surgimento de La Venta no estado de Tabasco)[2] e Laguna de los Cerros, que Collin Ronan atribui representar homens de capacetes em uniforme para algum tipo de jogo, possivelmente algo parecido com o futebol observado pelos conquistadores.[3] As primeiras cabeças foram encontradas por J. M. Melgar y Serrano, em Três Zapotes, no estado de Veracruz e descritas, em 1869, no Bulletin of the Mexican Geographical and Statistical Society (“Boletim da Sociedade Mexicana de Geografia e Estatística”) como “uma magnífica escultura que espantosamente representa um etíope africano”. Uma cabeça gigante de basalto foi descoberta por Stirling em 1945 em meio da floresta em San Lorenzo e trazida em 1963 para o Museu de Houston por James Johnson.[4] Para Paul Rivet a hipótese de migração da África é mais frágil pois se baseia numa crônica árabe do final do século XIII que relata uma expedição marítima feita pelo imperador de Mali, ou talvez alguns escravos negros tenham vindo numa expedição chinesa às costas americanas.[5] De qualquer forma tais expedições tem datação muito superior à das esculturas olmecas. As pedras em San Lorenzo eram trazidas de uma pedreira a cerca de cinquenta milhas de distância [6]. Uma fina lasca de magnetita mergulhada sobre a água encontrada em San Lorenzo pode ter sido usada como uma bússola usada com propósitos de geomancia usada em um contexto religioso.[7]

[1] COE, Michael. Antigas Américas, mosaico de culturas, v. I Madrid:Ed. Del Prado, 1997, p. 98; MEGGERS, Betty. América pré histórica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 74

[2] Guia dos segredos do império: o povo asteca, Barueri:On Line, 2016, p. 9; Michael. Antigas Américas, mosaico de culturas, v. I Madrid:Ed. Del Prado, 1997, p. 95; LONGHENA, Maria. O México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 24

[3] RONAN, Colin. História Ilustrada da Ciência: das origens à Grécia. São Paulo:Círculo do Livro, 1987, p.55

[4] ROMANO, Arturo. Museu Nacional de Antropologia da cidade do México, São Paulo: Mirador, 1970, p. 24 https://br.pinterest.com/pin/684054630881476410/

[5] VALLA, Jean Claude. A civilização dos incas, Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978, p. 45

[6] TOYNBEE, Arnold. A humanidade e a mãe terra, Rio de Janeiro:Zahar, 1976, p.156

[7] COE, Michael. Antigas Américas, mosaico de culturas, v. I Madrid:Ed. Del Prado, 1997, p. 100; HAMMOND, Norman. La civilizacion Maya, New Jersey: Cambridge University Press, 1982, p.328



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