sexta-feira, 26 de novembro de 2021

A divindade Quetzalcóatl

 

Quetzalcóatl termo do idioma náuatle clássico representa uma divindade das culturas mesoamericanas[1] segundo o Codice Florentino[2], cultuado especialmente pelos astecas e pelos toltecas, e identificado por alguns pesquisadores como a principal deidade do panteão centro-mexicano pré-colombiano. Seu nome significa "serpente emplumada" (de quetzal, nome comum de um pássaro de penas coloridas Pharomachrus mocinno, e cóatl, serpente). Seu culto era associado e Vênus, planeta que desaparace pela manhã e reaparece à tarde, de modo que se acreditava que visitava o reino da morte e ressurgia triunfante.[3] Segundo textos em nahuatl, a língua dos astecas, o pássaro quetzal simboliza o ceu e a energia espiritual e a serpente cóatl, a terra e as forças naturais[4]), conhecido entre os maias como Kukulcán[5]. A serpente emplumada é o elo de ligação entre os toltecas de Tula e os maias toltecas de Chichen Itzá de Iucatã.[6] Sob o tempo de Uitzilopochtli encontravam-se cabeças de serpentes unidas, formando uma muralha coatepantli característica tipicamente tolteca[7]. Quetzalcóatl é o deus das ciências, agricultura e escrita. Segundo Sahagún: “Chamavam-lhes tolteca, o que quer dizer artífices delicados e procurados [...] eram artífices de grande talento, pintores, lapidários, plumaceiros (amantecatl) [...] Sabiam muitas coisas, não haviam dificuldades par eles, talhavam a pedra verde (chalchiuitl), fundiam o ouro (teocuitlapitzaia) e tudo isso procedia de Quetzalcoatl, as artes (toltecayocl) e os conhecimento”[8].

[1] LONGHENA, Maria. O México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 32

[2] LONGHENA, Maria. O México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 119

[3] ROMANO, Arturo. Museu Nacional de Antropologia da cidade do México, São Paulo: Mirador, 1970, p. 87

[4] MAGNY, Olivier de. Teotihuacán, cidade dos deuses. In: Seleções do Reader’s Digest, Os últimos mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.115

[5] Guia dos segredos do império: o povo asteca, Barueri:On Line, 2016, p. 13

[6] LONGHENA, Maria. O México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 36

[7] SOUSTELLE, Jacques. A vida quotidiana dos astecas. Belo Horizonte:Itatiaia, 1962, p.52

[8] SOUSTELLE, Jacques. A vida quotidiana dos astecas. Belo Horizonte:Itatiaia, 1962, p.105 LONGHENA, Maria. O México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 55



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Doação de Constantino

  Marc Bloch observa a ocorrência de falsificações piedosas tais como a pseudo doação de Constantino ( Constitutum Donatio Constantini ) ao ...