Segundo Wesley Freire mostra que os técnicos estrangeiros “machinistas” contratados para operar as modernas máquinas da indústria cafeicultora, muitos deles acabaram montando suas próprias oficinas de manutenção contribuindo para o desenvolvimento técnico da indústria brasileira.[1] Luiz Cláudio Ribeiro, cita como exemplo o engenheiro inglês Samuel Beaven que se estabeleceu em Campinas e Jundiaí para trabalhar com Mac Hardy em 1888 e teve patentes solicitadas para máquina de café como a escolhedeira automática de n° 7409 de 1885 no Rio de Janeiro, a de despolpador n° 7732 de 1879 em Itaici, a máquina para descascar, ventilador e separador de café n° 7733 de 1881, o estrumador Ibicaba n° 7737 de 1881 em Campinas, a patente n° 7755 de 1880 do despolpador Gordon, patente n°7910 para o ventilador Ipanema[2], a máquina hidráulica de lavar roupa n° 8100 de 1880, aparelho torrrador de café n° 8179 de 1879 no Rio de Janeiro, o despolpador n° 8196 de 1880 em Itaici, entre outras patentes. Wilson Cano mostra o uso cada vez maior no oeste paulista de máquinas de beneficamento de café especial após a década de 1870 entre as quais despolpadores, descaroçadores, ventiladores, brunidores (para polimento), separadores, classificadores, modificadores de tipos de café entre outros equipamentos. Em 1885 são concedidas muitas patentes para máquinas e implementos para agricultura, muitas das quais resultaram na produção de novos equipamentos comercializados tal como complidaos nos trabalhos de Affonso Taunay de 1943 História do café no Brasil, e Emília Viotti Costa em Da senzala à colônia (1966).[3] João Vannucci lista um total de 119 patentes concedidas no período 1830-1862 submetidos à avaliação das comissões técnicas da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional entre as quais o moinho dos irmão De Mornay.[4]
[1] FREIRE, Wesley Jorge.
Arquitetura do café. Campinas, 2002 http://arquiteturadocafe.com.br/processo-produtivo/a-industria-do-beneficiamento-e-a-de-maquinas-para-o-beneficiamento-do-cafe/
[2] LOBO, Eulália Maria
Lahmeyer. História político administrativa da agricultura brasileira,
1808-1889, Brasília: Ministério da Agricultura, 1980, p.86
[3] CANO, Wilson. Raízes da concentração industrial em São Paulo, São Paulo: Difel,
1977, p.32
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