O Livro dos mortos apresenta diversos encantamentos, amuletos, imagens e palavras mágicas para proteger os mortos.[1] Para os egípcios os encantamentos presentes, por exemplo, nas paredes das pirâmides erigidas ao final da V e início da VI dinastia mostram a crença de que tais gravuras detinham um poder mágico[2]. Entre os amuletos encontrava-se o udjad, o olho de Hórus.[3] Segundo Heródoto historiador Grego, que viveu na Quinta-Dinastia antes da era Cristã, o processo de mumificação chegavam a durar setenta dias, contudo, uma inscrição muito mais antiga no túmulo da Quarta Dinastia pertencente à rainha Meresankh III, constata que o processo levou 270 dias, o mesmo tempo, aproximadamente, de uma gravidez, o que sugere uma analogia com o nascimento.[4] David Silverman mostra que as supostas maldições que teriam sido encontradas na tumba de Tutankhamon são na verdade criações do cinema. O Egito Antigo tinha maldições, mas a maioria deles foi feita como proteção para um indivíduo de algo ou alguém. A pessoa que faz a ameaça pode estar viva ou morta, real ou privada, e o alvo pode estar vivo ou morto. Por exemplo, uma destas maldições em uma correspondência ao invés de conter a frase típica: “Que você esteja bem quando ler isso” substitui isso por uma versão negativa, “Que todo o mal caia sobre você”.[5]
[1] THORNDIKE, Lynn. A History of magic and experimental science, v.I,
Columbia University Press, 1923, p.9
[2] EDWARDS, J. As
pirâmides do Egito, Rio de Janeiro:Record, 1985, p.31
[3] Grande História
Universal: o princípio da civilização, Barcelona:Folio, 2001, p.100
[4] SILVERMAN, David. Introduction to Ancient Egypt and Its
Civilization, Semana 6, Mummies and Mummification Part 5, 2021 https://www.coursera.org/learn/introancientegypt/
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