Manuel Ferreira Jácome foi arquiteto membro da Irmandade
Nossa Senhora do Livramento dos Pardos do Recife trabalhou como mestre de obras
de Antonio Fernandes Matos que empregou 98 negros ladinos (aculturados) e autor
da planta da Igreja de São Pedro dos Clérigos. Segundo Antonil os negros
ladinos tinham maior capacidade de aprender e eram encontrados em diversos
ofícios como barqueiros, marinheiros, carapinas e calafates[1]. Antonio
Fernandes Matos arquiteto de origem humilde tornou-se rico mascate que teve um
importante papel na reconstrução do Recife após a expulsão dos holandeses. Em
1695, Matos entrou para a Ordem Terceira de São Francisco do Recife, uma das
mais exclusivas confrarias coloniais, cujos membros eram em grande parte
mascates abastados. Foi escolhido como mestre de obras da capela dos terceiros,
atualmente conhecida como Capela Dourada. [2] Charles
Boxer (figura) usa o exemplo de Fernando Matos como uma exceção pois as irmandades
brasileiras nunca chegaram a obter a riqueza e a importância de suas congêneres
na América espanhola[3]. João
Pereira Arouca foi mestre pedreiro em Mariana e Ouro Preto tendo construído
entre outras a igreja de São Francisco de Assis em Mariana. O mestre pedreiro Francisco
de Lima Cerqueira foi contratado pela Ordem Terceira de São Francisco de Assis
da Vila de São João del-Rei em 1774 para construção de da igreja da irmandade.
[1] CAMPOS, Raymundo.
Grandezas do Brasil no tempo de Antonil, São Paulo:Atual Editora, 1996, p. 33
[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Fernandes_de_Matos
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