O grego Menes
deriva do egípcio mena que significa
“o fundador”, o que segundo alguns autores pode indicar que a Menes não é um
personagem histórico.[1] Jean
Vercoutter mostra monumentos imediatamente anteriores à unificação do país
encontrados em Hieracômpolis, que, supõe-se, foi a capital dos reis do Sul
dessa época, que representam um rei chamado Escorpião lutando contra os
egípcios do Norte conquistando cidades. Este rei unificador do país presume-se
tenha sido seu sucessor, Narmer. A cabeça de clava de Escorpião no Ashmolean
Museum, Oxford representa uma grande figura, possivelmente o faraó, com a coroa
branca do Alto Egito representado junto a um escorpião.[2] Uma
paleta votiva de 3200 a.c. no Museu do Cairo mostra o faraó, representado em
formas animais como um escorpião, com uma picareta derrubando sete cidades.[3] Sophie
Desplancques mostra que as evidências arqueológicas indicam que a unificação
dos Reinos não se deu por um movimento único, mas uma progressiva conquista que
durou vários séculos com a assimilação dos reinos do Norte pelo Sul em guerra foi
uma das modalidades desse processo. Reis anteriores à primeira dinastia, entre
os quais Iry Hor, Ka e Escorpião permitem alguns egiptólogos grupar o que teria
sido uma Dinastia zero. A cabeça do cetro do rei Escorpião descoberta em
Hierápolis mostra o soberano com a coroa branca (símbolo do Alto Egito). Narmer
é o primeiro soberano a portar tanto a coroa branca como a coroa vermelha
(símbolo do Baixo Egito).[4] A figura mostra uma cabeça de clava mostrando o rei Escorpião,
possivelmente o rei Menes[1] cavando
um dique[2] encontrado
e Hierakonpolis 3200 a.c.
[1] WEST, John Anthony. The traveler’s key to ancient Egypt, New
York:Quest, 2012, p. 6, 225
[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Escorpi%C3%A3o_II
[3] DONADONI, Sergio. Museu
Egípcio do Cairo, São Paulo: Mirador, 1969, p. 25
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