Segundo o padre Leonel Franca sobre o ensino dos jesuítas o ideal pedagógico era formar alunos para o pleno domínio das artes liberais (humanidades) por meio da língua latina: “O alvo a que mira a formação do Ratio Studiorum – nisto em concordância incontestada com o ideal do século XVI – é a eloquência latina: ad perfectam informat eloquentiam. Levar o aluno a exprimir-se de maneira irrepreensível na linguagem de Cícero é o termo a que se subordinam todas as séries sabiamente graduadas do currículo. A gramática visa à expressão clara e correta; as humanidades, a expressão bela e elegante; a retórica, a expressão enérgica e convincente”.[1] O português Antonio Saraiva, contudo, aponta que a pedagogia português o ensino de retórica é considerado tardio quando comparado a outras universidades europeias. No período pré universitário por exemplo tal como descrita pro Manuel da Esperança do mosteiro de Alcobaça não menciona qualquer obra de retórica, ou qualquer obra de Cícero, Vergílio, Ovídio, Lucano e outros. Mesmo na Universidade de Lisboa não existiu durante a idade Média uma cadeira de retórica.[2]
[1] FERREIRA, Amarílio;
BITTAR, Marisa. Artes liberais e ofícios mecânicos nos colégios jesuíticos do
Brasil colonial. Revista Brasileira de Educação v. 17 n. 51 set.-dez. 2012,
p.693-751 http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n51/12.pdf
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