D. Henrique contratou um dos maiores cartógrafos do século XV o catalão de ascendência judaica Jehuda/Jafuda Cresques também conhecido como Jaime de Maiorca[1], construtor de instrumentos náuticos e conhecido como “el judio de las brújulas” para treinamento dos pilotos portugueses o que seria fundamental para a conquista de Ceuta.[2] Luís de Albuquerque aceita esta informação de que Jaime de Maiorca treinou pilotos portugueses com reservas. [3] Em 1375 seu pai Abraham / Abraão Cresques le Juif fez o chamado planisfério catalão sob encomenda de Pedro IV o rei de Aragão. O filho Jehuda Cresques emigrou para Portugal fugindo da perseguição aos judeus em finais do século XIV em Aragão. Em Portugal trabalhou na confecção de mapas e cartas de navegação[4]. Oliveira Martins observa que nos reinados de Sancho II de Portugal (que reinou de 1223 a 1248) e de Afonso II, terceiro rei de Portugal que reinou de 1211 a 1223 com as expedições marítimas que levaram a conquista de Algarve já havia uma marinha militar portuguesa. Com Afonso III que reinou de 1248 a 1279 o poder marítimo português já era de tal ordem que o papa Inocêncio IV convida Portugal a participar da VII Cruzada em 1248.[5]
[1] MARTINS, Oliveira. História de Portugal, Lisboa:Versial, 2010, p. 129 Edições
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[2] COSTA, Marcos. O livro
obscuro do descobrimento do Brasi, Rio de Janeiro:Leya, 2019, p. 33
[3] ALBUQUERQUE, Luís de.
Ciência e experiência nos descobrimentos portugueses, Lisboa: Biblioteca Breve,
1983, p. 62
[4] BOORSTIN, Daniel. Os
descobridores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1989, p.145, 156
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