Como a descoberta de ouro e posteriormente com a vinda da família real para o Brasil, em que segundo cálculos de Oliveira Lima teriam vindo quinze mil pessoas da Corte portuguesa, intensificou-se ainda mais o fluxo de portugueses.[1] Fernando de Sousa em Os Portugueses. De colonos a imigrantes, observa que com a proclamação da independência e, o reconhecimento do novo estatuto da ex-colônia por Portugal entre 1825-1826, "de um dia para outro, os portugueses radicados naquele [neste] país tornaram-se brasileiros", e o sistema de "colonização/emigração, ou de migrações nacionais dentro do mesmo Império, passou-se a uma emigração/colonização, de caráter internacional'.[2] Dados do censo de 1849 no Rio de Janeiro mostram que, de cada dez habitantes do município, somente quatro eram brancos. Em 1872, em consequência da imigração portuguesa, essa proporção já se invertera: de cada dez habitantes, seis foram classificados como brancos.[3]
[1] AQUINO, Fernando,
Gilberto, Hiran. Sociedade brasileira: uma história, São Paulo: Record, 2000,
p.379; NOVAIS, Fernando. História
da vida privada no Brasil - v.2 Companhia das Letras. 2019, p. 9 Edição do
Kindle
[2] ARRUDA, Jobson. De
colonos a imigrantes: a i(e)migração portuguesa para o Brasil. São Paulo:
Alameda, 2013, p. 16
[3] NOVAIS, Fernando. História da vida privada no Brasil - v.2 Companhia das
Letras. 2019, p. 26 Edição do Kindle
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