Para Sócrates os sofistas corrompiam os jovens eram capazes de defender qualquer ideia se isso fosse vantajoso, ainda que isso levasse ao erro e a mentira.[1] Sua retórica buscava confundir e impressionar sem querer chegar á verdade, expressando opiniões cínicas, céticas, amorais, seu ensino tinha um caráter prático em vez de simplesmente teórico.[2] Para Guilherme Oncken: “os jovens sofistas, da era cristã, desses oradores farfalhudos cujos discursos, aliás magníficos, tratavam sempre do tempo ido e cujo efeito certamente era apenas o de um concerto oratório”.[3] Marco Zingano aponta que Platão combatia a tese dos sofistas de que seria possível por meio da retórica converter um argumento fraco em forte. Segundo Lloyd Jones: “o orador grego não se empenha em nos dizer a verdade, ele está preocupado em vencer, o que significava frequentemente em provocar a queda de seu inimigo ou salva a sua própria pele [...] Com essa finalidade o orador empregava a invectiva, o ridículo, o exagero e todos os recursos para despertar as emoções do público e distrair-lhes a atenção de sequência de raciocínio que não fossem interessantes ao orador [..] A oratória, como arte literária, era produto da vida grega, tinha suas raízes na política prática e nos tribunais de justiça”. [4]
[1] CHAUÍ, Marilena.
Convite à filosofia, São Paulo: Ática, 2004, p. 41
[2] WILLIAMS, Bernard. Filosofia, In: MOSES, Finlay. O legado da Grécia,
Brasília: UNB, 1998, p.244
[3] ONCKEN, Guilhermo.
História Universal – História de Grécia e Roma, Francisco Alves:Rio de Janeiro,
v.IV, p.406
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