Em São Paulo, John Mawe admirava o notável esforço dos construtores de estradas e ao comentar sobre a calçada do Lorena uma estrada colonial na serra de Cubatão ente Santos e Jundiaí construída em 1792 destaca que mesmo na Europa raras obras públicas seriam superiores diante de uma construção em condições tão adversas[1]. A antiga trilha dos tupiniquins explorada por João Ramalho transpondo a Serra de Cubatão conhecida como Caminho do padre José em referência ao jesuíta José de Anchieta, ou Caminho do Mar ou Caminho do Perequê, atualmente via Anchieta[2] e pavimentada entre 1780 e 1792 na gestão de Sousa Coutinho como ministro de Maria I entre Santos e São Paulo, constituindo assim a única estrada pavimentada da colônia, com importante papel no transporte de mulas que atravessavam a serra do Mar, o que possibilitou a produção de açúcar no planalto paulista como Sorocaba, Piracicaba e Mogi Guaçu, Jundiaí antes do ciclo do café que se estabeleceria no século XIX.[3]
[1] HOLANDA, Sérgio
Buarque. História Geral da Civilização Brasileira, O Brasil monárquico:
dispersão e unidade, tomo II, volume 2, São Paulo:Difel, 1964, p. 423; TELLES,
Pedro Carlos da Silva. História da Engenharia no Brasil: séculos XVI a XIX, Rio
de Janeiro:Clube de Engenharia, 1994, p.54, 55
[2] VIANNA, Helio. História
do Brasil, primeira parte, período colonial. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.375.
VIANNA, Helio. História do Brasil, segunda parte, período colonial. São Paulo:
Melhoramentos, 1972, p.161
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