No século XIV um comentário denominado Quaestiones super libris Quattuor de Caelo et Mundo, Jean Buridan (1300-1358) da Universidade de Paris, na vigésima terceira questão, sobre o Livro II do tratado de Aristóteles pergunta se a terra é esférica: “Utrum terra sit sphaerica” responde apontando argumentos para a esfericidade terrestre: “[Argumentos] Astrológicos, pelos eclipses lunares, que em qualquer lugar onde são visíveis, seja no oriente, seja no ocidente, seja no meridiano local, sempre são vistos segundo arcos, e tais arcos ocorrem porque um corpo redondo se interpõe entre o Sol e a Lua, e este corpo interposto é a Terra. [...] Novamente, procedendo do norte para o sul, outras estrelas e o Polo Antártico tornam-se visíveis, além disso o Polo Ártico diminui sua altura em relação ao horizonte. O contrário ocorre quando se procede do sul para o norte. [...] tais fatos provém de sua [Terra] redondeza”.[1] O contemporâneo Nicolas Oresme (1325-1382) (na figura) partindo do princípio de que a terra é redonda e que gira em torno de seu próprio eixo explica os dias e as noites e o porquê uma pedra arremessada ao alto sempre cai no mesmo ponto de lançamento, uma vez que ela preserva o movimento horizontal de rotação que tinha quando fixa ao solo.[2]
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