Um inventor construiu as primeiras pontes pênseis
conhecidas unindo Milão e os vales do Reno e Danúbio.[1] No
século XII o pastor Benezet (santo protetor da construção de pontes) inspirado em
uma visão divina durante um eclipse em 1177 conseguiu aprovação do bispo local
para construir a ponte de Avignon sobre o Rone, vencendo as dificuldades
técnicas do turbulento rio consideradas intransponíveis para a época. Para
construção foram recolhidos fundos entre os fratres pontis (amigos da ponte).
A ponte em madeira era formada por vinte arcos e ao final, como normalmente
encontrado em outras pontes, havia uma capela[2]. As
autoridades locais eclesiásticas e seculares eram responsáveis pelas pontes da
cidade. A igreja concedia indulgências aos construtores de pontes ou para sua
manutenção uma vez que as ordens religiosas recolhiam pedágios para usar os
recursos na construção de hospitais[3]. No
século XII o condado de Durham no noroeste da Inglaterra recolhia pedágio da
ponte de Shotley para construção do hospital.[4] Na Inglaterra
Os Guardiões e Assistentes de ponte de Rochester (Rochester Bridge Trust) e o Bridge
House Estates (fundada em 1282 para manter a London Bridge na cidade de
Londres) são exemplos extremamente raros da época de grupos civis de manutenção
de pontes.
[1] PIRENNE, Henri.
História econômica e social da Idade Média, São Paulo. Ed. Mestre Jou, 1978, p.
93
[2] HARRISON, David. The bridge chapels
of medieval Britain, 2019. https://www.rbt.org.uk/wp-content/uploads/2019/08/206-Bridge-Chapels-Research-Web-Text-amended-by-Helen.pdf
[3] GIES,
Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper
Collins, 1994, p. 150
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