Quanto aos capelães que acompanhava as bandeiras, o
jesuíta espanhol Antonio Ruiz de Montoya (1585-1652) em Conquista Espiritual
de 1639 ao discorrer sobre os ataques dos vicentinos e os grandes prejuízos
aos domínios espanhois da região platina relata que capelães que acompanhavam
os bandeirantes paulistas como “lobos vestidos em peles de ovelhas, uns hipócritas,
os quais tem por ofício enquanto os demais [os bandeirantes] andam roubando e
despojando as igrejas e prendendo os índios, matando e despedaçando as
crianças, eles, mostram longos rosários que trazem ao pescoço, chegando depois
aos padres jesuítas espanhóis pedindo-lhes confissão”.[1] Em 1692 Domingos Jorge lamenta a ausência de um
capelão em suas campanhas pelo interior: “Mandei-o buscar; não quis vir; de
necessidade busquei o inimigo; sem ele morreram-me três homens homens brancos
sem confissão, coisa que mais tenho sentido nesta vida; peço-lhe pelo amor de
Deus me mande um clérigo em falta de um frade, pois se não pode andar na
campanha, e sendo com tanto risco de vida, sem capelão”.[2]
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