A pirâmide do Sol em Teotihuacán situada fora da cidade do México não é asteca e tampouco maia, mas faz parte de uma civilização que existiu 600 anos antes da civilização asteca. Os astecas compartilharam cultura com Teotihuacán mas estas civilizações não coexistiram. Teotihuacán por sua vez foi contemporânea dos maias embora distantes de mais de 800 km. Em 378 Teotihuacán conquistou a cidade maia de Tikal na atual Guatemala. Em 700 Teotihuacán foi abandonado, possivelmente devido a uma erupção vulcânica. A cidade, portanto, já estava em ruínas na época dos astecas. Os astecas ao chegarem no local e encontrar a cidade deserta consideraram tratar-se de um local sagrado. Em 1325 os astecas fundaram a capital de seu império Tenochtitlán, hoje Cidade do México, tendo sido esta a cidade encontrada por Hernán Cortés. Em Teotihuacán no centro do pátio central da cidade existia um sistema de esgotos subterrâneo que recolhia a água da chuva dos telhados e do solo em declive.[1] A holandesa Florine Assselbergs mostra no seu livro Conquered Conquistadors como decifrou os desenhos de peças do povo Nahua na Guatemala que descrevem a conquista dos espanhóis, entre os quais o Lienzo de Quauhquechollan que mostra Hernan Cortes abraçando um nobre Quauhaquechollan: “as alianças dos senhores indígenas com os espanhóis são percebidas como igualitárias e não alianças compelidas pela dominação espanhola. As comunidades estavam subjugadas à Coroa espanhola, e verdade, mas não de um jeito humilhante”.[2]
[1] MAGNY, Olivier de.
Teotihuacán, cidade dos deuses. In: Seleções do Reader’s Digest, Os últimos
mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.116
[2] NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da América Latina, Rio de
Janeiro: Leya, 2011, p. 109; https://en.wikipedia.org/wiki/Lienzo_de_Quauhquechollan
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