O
fim do tráfico internacional de escravos em 1850, o declínio da economia
tradicional da cana de açúcar a ascensão
da nova economia cafeeira, o incremento de investimento em atividades
industriais[1] e
construção de ferrovias, contribuíram para a abertura intelectual do período. Angela
Alonso (figura) destaca “A interiorização de capital do tráfico negreiro dera as
bases econômicas para uma era dourada do café no Vale do Paraíba, turbinara
obras de infraestrutura, estradas, melhoramentos urbanos e empresas e negócios,
como as do sócio de Rebouças, o barão de Mauá”.[2] Tobias Barreto destaca o período de 1868 a
1878 como “o mais notável de quantos do
século XIX constituíram nossa vida intelectual”.[3] Tamas Szmrecsányi, contudo, observa que os fazendeiros do café emergentes em
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tornaram-se com o fim do comércio
externo de escravos o principal reduto da região escravocrata com a migração de
escravos que se intensificou vinda dos velhos engenhos do nordeste. Os líderes
da regiões mais economicamente pujantes não estavam, portanto, vinculados a uma
política abolicionista como nos Estados Unidos, pelo contrário.[4] No oeste paulista Afonso de Taunay mostra que havia em 1855 nas cerca de 2,6
mil fazendas de café da região algo como 62 mil homens livres para 56 mil
escravos.[5]
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