Alguns mestres pedreiros (magister cementariius) ou mestres de obras (magister operationum) ingleses tornaram-se famosos como Walter de
Hereford que constriu a abadia de Vale Royal entre 1278 e 1280.[1] É comum
ler nos documentos de construções de catedrais a referência ao magister operis / magister operarius sem se referir ao nome do mestre de obra (mâitre de l’Oeuvre / master of the works).[2] Entre
estes destacam-se Walter de Hereford (abadia de vale Royal e castelo de
Carnavon), Henry de Yevele (abadia de Westminster e Torre de Londres)[3], Richard
Beke (catedral de Canterbury)[4], Robert
Stowell (castelo de Windsor - na figura), Robert Spillesby
(catedral de Winchester).[5] O título
de arquiteto para tais mestres de obras somente seria usado a partir de 1563.[6] Jean
Gimpel relata certa animosidade dos mestres pedreiros com os arquitetos, estes
formados em universidades. Frances Gies mostra que os mestres pedreiros
apresentavam-se vestindo capa e capelo, uma espécie de chapéu usado pelos
universitários, o que inspirava inveja. Jacques de Vitry relata que os mestres
de obras raramente se limitam a dar ordens, mas sem nunca ele mesmo fazer o
serviço propriamente dito.[7] Pierre
Montreuil[8] que
trabalhou na basílica de Saint Denis em 1247 faz gravar em seu túmulo “doutor em pedras” referindo-se a um
título universitário que não tinha[9]. Os
pedreiros estavam divididos em duas categorias os assentadores que construíam
paredes e obras de alvenaria sólida e os mestres de cantaria ou pedreiros
livres que trabalhavam a pedra de cantaria e que talhavam e esculpiam blocos
individuais de pedra para molduras de arco, ornamentos de janelas e outras
partes da construção. Em 1356 haviam guildas de construtores em Londres e suas
regras de conduta no alojamento de York estão descritas no York Fabric Roll que recebia pedreiros estrangeiros.[10]
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