Em 1755 o reverendo John Wesley escreve Serious thought occasioned by the great earthquake at Lisbon em retrata uma crença generalizada, certamente exagerada, a respeito da opulência da Corte de D. João V “Os mercadores que viveram em Portugal informam-nos que o rei tinha um grande edifício cheio de diamantes e mais ouro armazenado, em moeda e sem ser em moeda, do que todos os outros príncipes da Europa juntos”.[1] Em vista ao Rei Sol francês, o rei português enviou para Paris o conde de Ribeira Grande em grande estilo em cortejo de cinco luxuosas carruagens douradas que se encontram no Museu Nacional dos Coches em Lisboa.[2] O magnífico cortejo em Roma do marques de Fontes que o conduziu de sua residência na Piazza Colonna ao palácio Quirinal contribuiu para a afirmação do poder do reino português junto à Santa Sé.[3] No coche das embaixadas (na figura) à sua frente se observa Apolo, o deus da Luz, acompanhado pela sua lira, glorifica e dá a conhecer ao Mundo, representado pelo globo terreste, o feito histórico da Passagem do Cabo da Boa Esperança. Durante o século XVIII as moedas luso brasileiras de 4000 reis e de 6400 reais em ouro[4], conhecidas como Joe abreviatura de Josephus em referência a D. José I (1751-1777), tornaram-se moedas bastante correntes na Inglaterra e nas colônias britânicas nas Américas. Os Johannes foram Pesos Monetários para moedas de ouro de D. João V (1705-1750), algumas vezes confundido com o Joes, sendo o peso monetário do reinado de D. José I (1751-1777). O múltiplo do Joe era o ‘Double Joe’ (Duplo Joe) equivalente a 12800 reis. [5]
[1] BOXER,
Charles. O império Colonial português, Lisboa:Edições 70, 1969, p.167
[2] GOMES, Laurentino. Escravidão v. II, Rio de Janeiro:GloboLivros, 2021, p. 45
[3] https://artsandculture.google.com/exhibit/oQKS3YZJ242zIg?hl=pt-PT
[4] https://en.numista.com/catalogue/pieces17041.html
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