terça-feira, 22 de junho de 2021

O papel da urina na indústria de tecidos de Roma

 

A figura mostra Banheiros como encontrados em Pompeia no século I.[1] Os assentos eram montados contíguos, sem separação ao longo de um peitoril.[2] A urina, recolhida em vasos especiais, era empregada na limpeza de tecidos pelos tecelões.[3] Vespasiano restaurou um imposto para utilização dos banheiros públicos, o que segundo Suetônio e Dion Cassio levou a Tito reclamar com seu pai que desta forma, não podendo pagar, levaria a cidade e as pessoas em geral ficassem fedendo. Ao que se conta Vespasiano pegou uma moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro). O episódio deu origem ao brocardo pecunia non olet que estabelece que para o Estado pouco importa se os rendimentos tributáveis não tiveram origem lícita ou moral.[4]

[1] https://br.pinterest.com/pin/367324913336158901/

[2] ULRICH, Paul. Os grades enigmas das civilizações desaparecidas, Grécia, Roma e Oriente Médio, Rio de Janeiro, Otto Pierre Ed, 1978, p.123

[3] MUMFORD, Lewis. A cidade na história, São Paulo:Martins Fontes, 1982, p. 238; GIES, Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper Collins, 1994, p. 120

[4] BEARD, Mary. SPQR: uma história da Roma Antiga, São Paulo: Planeta, 2010, p. 448



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