quarta-feira, 2 de junho de 2021

A expulsão dos jesuítas

 

Quando do atentado do rei de Portugal D. José em setembro de 1758 Pombal lançou suspeitas sobre o envolvimento de padres jesuítas desencadeando uma perseguição que iria culminar em 1759 com a extinção da Companhia de Jesus em Portugal.[1] Em janeiro de 1759 seis nobres e cinco plebeus foram executados acusados de participar da tentativa de assassinato. O jesuíta Gabriel Malagrida, confessor de uma das nobres executadas marquesa de Távora, também teria participação no atentado, segundo Pombal. Na França a ordem seria extinta em 1764, na Espanha, Nápoles e Sicília em 1768.[2] O papa Clemente XIV tendo cedido as pressões e  "em nome da paz da Igreja e para evitar uma secessão na Europa" suprimiu a Sociedade de Jesus pelo breve Dominus ac Redentor de 21 de julho de 1773. Wilson Martins observa que o fato de uma das principais aplicações da triaga brasílica fabricada pelos jesuítas era como antídoto a envenenamentos, alimentava no imaginário popular as suspeitas contra os jesuítas de terem envenenado o papa Clemente XIV em 1774.



[1] TOLEDO, Roberto Pompeu de. A capital da solidão, Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 240

[2] PAICE, Edward. A ira de Deus, São Paulo:Record, 2010, p.238



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