sábado, 1 de maio de 2021

Os bronzes de Benin

 

Em 1897 os britânicos invadiram e saquearam o palácio de Obá na cidade de Benin na Nigéria recolhendo diversas obras de arte, bronzes e joias hoje guardadas nos museus europeus[1]. Estátuas do Palácio de Abomey, a capital histórica do atual Benim, foram roubadas em 1892 por tropas francesas do general Alfred Amédée Dodds. O governo de Benin reclama a devolução de 4.500 e 6.000 objetos que pertencem ao país, incluindo tronos, portas de madeira gravada e cetros reais.[2] Nos séculos XVII e XVIII os artesãos muçulmanos atingiram um grau sofisticado de ourivesaria, particularmente com os ashanti da Guiné, que dominavam a técnica de cera perdida.[3] A ministra da Cultura da Alemanha Monika Grütters, decidiu que a devolução dos Bronzes à Nigéria começará em 2022. O ministro do Interior alemão, Heiko Maas, comentou: "O fato de se ter conseguido estabelecer um cronograma para as restituições dos objetos, junto com os museus e seus patrocinadores, é uma virada de página em nossa abordagem da história colonial."[4]



[1] MacGREGOR, Neil. A história do mundo em 100 objetos, Rio de Janeiro:Intrínseca, 2013, p.554; ROBERTS, J.M. history of the world, Oxford University Press, 1992, p.722; CARISE, Iracy. A arte negra na cultura brasileira, Rio de Janeiro:Artenova, 1980, p.109

[2] https://g1.globo.com/mundo/noticia/africa-exige-da-europa-restituicao-de-tesouros-roubados.ghtml

[3] OGOT, Bet Hwell. História geral da África, v.V, África do século XVI ao XVIII. Brasília:Unesco, 2010. p.513

[4] https://www.dw.com/pt-br/alemanha-restituir%C3%A1-arte-saqueada-%C3%A0-nig%C3%A9ria/a-57393395



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