sábado, 29 de maio de 2021

O massacre das tribos indígenas

 

Russel Wood mostram que portugueses aliaram-se a tribos indígenas rivais em sua guerra contra os tamoios no Rio de Janeiro, que por sua vez aliados dos franceses. Os portugueses aliaram-se aos tabajaras em sua luta contra os potiguares. Em Pernambuco aproveitaram-se da luta tribal entre caetés e tupinambás. No século XVII os portugueses avançaram para o norte  culminando com o massacre dos tupinambás em 1616-1619 e a aniquilação dos índios no Pará e Maranhão. No século XVII incorreram em massacres contra tapuias e jandins no Ceará, Rio Grande e Maranhão.[1] José Honório Rodrigues mostra que a história do Brasil registra diversas “pacificações” por exemplo contra os caiapós em 1781, aos xavantes no Araguaia em 1783 e aos canoeiros no Tocantins em 1789 tal como descrito por José Rodrigues Freire em A Relação da conquista do gentio Xavante publicada em Lisboa em 1790.[2] Simão Travassos em “Sumário das Armadas” de 1587 narra o massacre dos portugueses aos indígenas: “esse foi o estilo do Brasil, ir assim (pela guerra) ganhando a terra aos inimigos”.[2]

[1] RUSSEL WOOD, A. Histórias do Atlântico português, São Paulo: UNESP, 2021, p. 287

[2] RODRIGUES, José Honório. História da história do Brasil, São Paulo: Cia Editora Nacional, 1979, p.321

[3] RODRIGUES, José Honório. História da história do Brasil, São Paulo: Cia Editora Nacional, 1979, p.451





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