Na construção do Passeio Público e do chafariz das
Marrecas, inspirado em modelo de Lisboa, por exemplo, o nome do mestre Valentim
da Fonseca e Silva não figurava na placa inaugural de 1785.[1] Os moldes
dos grande lampadários de prata, com 227 quilos cada, ao lado do altar central
da igreja de São Bento no Rio de Janeiro, concluídos em 1795 são obras de
mestre Valentim.[2] O altar mor da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro no Largo da
Lapa no Rio de Janeiro foi esculpido pelo mestre Valentim em 1775. A igreja foi
construída pelo engenheiro brigadeiro José Fernandes Pinto de Alpoim assim como
a reconstrução do aqueduto da Carioca, atualmente conhecido como Arcos da Lapa,
obra iniciada em 1738 no governo de Gomes Freire e concluída em 1750 quando na
ocasião governava interinamente José da Silva Paes uma vez que o governador
estava em viagem. Aproveitando-se da oportunidade José da Silva Paes ordenou
que colocasse seu nome na placa de inauguração. Ao retornar de viagem Gomes
Freire mandou trocar a placa e designou José da Silva Paes para o governo da
capitania de Santa Catarina, bem longe do Rio de Janeiro.[3] Na tela
de Debret em primeiro plano vê-se o Chafariz de Mestre Valentim junto ao cais.
Mestre Valentim era um artesão mulato e artesão da Irmandade de Nossa Senhora
do Rosário também conhecida como Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.[4]
[1] MOTOYAMA, Shozo.
Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no Brasil, São
Paulo:Edusp2004, p. 105; MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico; BITTAR, William.
Arquitetura no brasil de Cabral a Dom João VI, Rio de Janeiro;Imperial Novo
Milênio, 2009, p. 105
[2] IPLANRIO, Guia das igrejas históricas da cidade do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 1997, p. 26
[3] SEARA, Berenice. O
Globo. Guia de roteiros do Rio Antigo, Rio de Janeiro: Sindicato Nacional dos
Editores de Livros, 2004, p.42
Nenhum comentário:
Postar um comentário