quarta-feira, 19 de maio de 2021

Homem vitruviano

 

Vitrúvio descreve a simetria da natureza na utilizava de padrões proporcionais naturais do homem relativos às medidas do “dedo”, “palma”, “pé” e “cúbito este último o comprimento do braço da ponta do dedo médio ao cotovelo: “Se medirmos a distância das solas dos pés ao ato da cabeça, depois aplicarmos essa medida aos braços estendido, a largura será igual à altura, como no caso das superfícies planas perfeitamente quadrada”. Para Vitrúvio o corpo humano deu os elementos de simetria arquitetônica do círculo e do quadrado, numa figura conhecida como “homem vitruviano” e representado por Leonardo da Vinci: “se um homem for posto deitado de costas com mãos e pés estendidos, e um compasso centrado no umbigo, os dedos de suas mãos e dos pés vão tocar a circunferência de um círculo traçado a partir do umbigo”.[1] Na coluna dórica são refletidas as proporções do corpo humano quando estabelece que o fuste, inclusive o capite possui altura equivalente a seis vezes a espessura da base da mesma forma que no homem o pé é um sexto de sua altura.[2] Reginald Blomfield observa que não está claro se Vitrúvio ao estabelecer um cano de proporção para a figura humana o fez realmente derivadas das reais proporções daquela figura pois estava mais interessado em fixar regras do que uma preocupação grega de beleza abstrata: “Sua beleza é demasiado sutil para ser reduzida a uma fórmula”.[3]

[1] BOORSTIN, Daniel. Os criadores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1995, p.138

[2] BOORSTIN, Daniel. Os criadores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1995, p.139

[3] FILHO, Adolfo Morales de los Rios. Teoria e filosofia da arquitetura, Rio de Janeiro: A Noite, 1955, p. 307



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