No Tratado Decisivo de Averrois o filosofo
observa “que a lei convida à observação
racional dos seres existentes e à pesquisa de um conhecimento desses pela
razão, é algo manifesto em mais de um versículo do Corão”.[1] Disse o Profeta do Islam: "Instruir-se é dever de todos os
muçulmanos" "Buscai o conhecimento, do berço à sepultura!"
"Buscai o conhecimento, ainda que seja na China!"[2].
Os árabes não foram meros intermediários da cultura Clássica tendo sofrido
influência não apenas dos gregos mas também da Índia e Pérsia. O Sahih
al-Bukhari é a mais importante das seis grandes coleções de hadith do Islão
sunita. Estas tradições sobre o Profeta do Islã Muhammad foram coletados pelo
estudioso muçulmano de origem persa, Muhammad ibn Ismail al-Bukhari, depois de
ter sido transmitida oralmente por várias gerações. Diversas foram as inovações
promovidas pelos eruditos árabes reunidos na Casa da Sabedoria - Bayt al Hikmah instalada em Bagdá capital do
império Abássida[3] tendo
atingido seu auge no reinado de Al-Ma’mun (813-833). O local atraiu diversos
sábios e tradutores de diversas partes do império como o filósofo al-Kindi, reunindo
importante biblioteca transformando o árabe uma língua de comunicação
intelectual de todo o império[4] um período que Colin Ronan chama de “renascimento
cultural árabe”.[5] Oliveira Martins observa que os árabes ao invadirem a península ibérica
cuidaram para que judeus e cristãos tivessem liberdade de culto, mediante
pagamento de um imposto, faculdade que já se observava entre os persas
seguidores de Zoroastro “segundo se vê, a tolerância para com as religiões
estranhas crescia à maneira que as conquistas avançavam”.[6] Oliveira Martins aponta que muçulmanos e cristãos chegavam a dividir uma mesmo igreja
como em Córdoba, ainda que Oliveira Martins justifique essa medida ao caráter
semipagão dos cristianismo espanhol da época[7]
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