quinta-feira, 13 de maio de 2021

A competitividade do açúcar brasileiro no início do século XIX

 

Manoel Albuquerque aponta que os engenhos brasileiros não tinham condições técnicas de competição no mercado internacional, o emprego de moendas metálicas somente se difundiu no século XIX e o uso do bagaço de cana como combustível para a fervura do açúcar foi utilizado somente em 1809 quando já era prática usual nas Índias Ocidentais desde o século anterior.[1] Ainda assim, Eric Williams, no entanto observa que entre 1824 e 1829 as importações de açúcar brasileiro aumentaram 10% e na Prússia dobraram, de modo que as colônias das Índias Ocidentais não tinham como competir com o açúcar vindo de Cuba e do Brasil onde havia escravidão. Com isso intensificou-se a campanha na Inglaterra pelo fim da escravidão no Brasil e Cuba. [2]

[1] ALBUQUERQUE, Manoel Maurício. Pequena história da formação social brasileira, Rio de Janeiro: Graal, 1981, p. 73

[2] WILLIAMS, Eric. Capitalismo & escravidão, São Paulo: Cia das Letras, 2012, p.213



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