Oliveira Marques aponta que em todas as viagens
realizadas em 1415 e 1460 (data da morte do infante) apenas um terço foi realizada
sobre iniciativa do infante D. Henrique o que mostra não havia propriamente um
plano de expansão organizado desde seu início[1]: “a
expansão portuguesa foi essencialmente
uma empresa estatal, a que não se mostraram indiferentes interesses e
iniciativas particulares”. [2] Já no
século XIII dois navegadores genoveses, os irmãos Vivaldi, zarparam de Gênova
para atingir a Índia pelo oceano.[3] Segundo
Roberto Lopez o domínio dos genoveses nas navegações no século XIV era dominante
tanto em Portugal como em Castela: “genoveses eram os carpinteiros,
genoveses os fabricantes de bestas, genoveses os armígeros, genoveses os
mestres de fazer remos, genoveses os navegantes, genovesas algumas das enxárcias
usadas, tudo era genovês”.[4] Segundo Charles
Verlinden: “a colonização portuguesa não foi, desde o início uma colonização
sujeita ao monopólio régio. Muitas das empresas coloniais montadas por Dom
Henrique, o Navegador, foram sociedades de participação múltipla”.[5]
[1]MARQUES, Oliveira. Brevíssima história de Portugal, Rio de Janeiro: Tinta da
China, 2016, p. 53
[2] MARQUES, Oliveira. Brevíssima história de Portugal, Rio de Janeiro: Tinta da
China, 2016, p. 84
[3] GIMPEL, Jean. A
revolução industrial da Idade Média, Rio de Janeiro:Zahar, 1977, p.167
[4] HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visões do Paraíso, São Paulo: Brasiliense, 2000, p.
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